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O Japão empregará inteligência artificial em uma missão importante: combater a pirataria de anime e mangá.

A ideia é reduzir ao máximo possível os sites piratas.

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A indústria do anime e do manga no Japão está travando sua batalha mais ambiciosa até agora: a luta contra a pirataria na internet. A arma secreta? Um sistema de inteligência artificial que promete ser mais implacável do que qualquer vilão de One Piece. Com um orçamento de 2 milhões de dólares (ou 300 milhões de ienes, para os fãs de números exatos), o governo japonês busca erradicar os sites ilegais que distribuem conteúdo protegido por direitos autorais.

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Um sistema de IA para proteger Goku, Luffy e companhia.

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De acordo com a NHK, a Agência de Assuntos Culturais do Japão está desenvolvendo um sistema de inteligência artificial que não deixará pedra sobre pedra (ou melhor dizendo, imagem sem analisar) em sua busca por conteúdo pirateado. Este sistema não só escaneará imagens online, mas também aprenderá com os designs de sites ilegais e as imagens fornecidas pelos editores.

O objetivo? Detectar rapidamente conteúdo protegido e facilitar aos titulares de direitos a remoção do material ilegal. Nas palavras de um porta-voz da agência: "Encontrar sites de pirataria manualmente é como procurar uma agulha no palheiro: consome tempo e dinheiro. Com este sistema, queremos proteger os criadores e cortar pela raiz essas atividades ilícitas."

O resultado: menos downloads ilegais e mais dinheiro no bolso dos criadores. Bem, essa é a teoria.

Google, prepare-se para um tsunami de pedidos de DMCA.

Com este novo sistema, é muito provável que plataformas como o Google enfrentem um aumento massivo de pedidos de remoção de conteúdo. Já sabemos que empresas como a VIZ Media, Toei Animation e Aniplex of America têm liderado a carga nessa frente.

Na verdade, o Google recentemente publicou seu Relatório de Transparência, no qual explicou como lida com os pedidos de remoção sob a DMCA (Digital Millennium Copyright Act). No entanto, nem tudo são flores. Com frequência, o Google é alvo de intimações judiciais que buscam informações sobre usuários suspeitos de pirataria.

Por exemplo, Shueisha, a editora por trás de sucessos como One Piece e Jujutsu Kaisen, recentemente solicitou a um tribunal da Califórnia que obrigasse o Google, PayPal e VISA a fornecer informações sobre possíveis infratores. Sim, aqui ninguém escapa.

Inspiração de outros métodos (e um pouco de polêmica)

O Japão não é o primeiro a usar tecnologia para combater piratas modernos. A plataforma WEBTOON, por exemplo, implementou seu próprio sistema chamado Toon Radar, que utiliza marcas invisíveis para rastrear vazamentos. E tem sido um sucesso: graças a essa tecnologia, eles fecharam 70 sites de pirataria que acumulavam mais de 1,2 bilhão de visitas por ano. Além disso, eles não estão brincando: WEBTOON processou dois suspeitos por 700.000 dólares.

No mundo do anime, empresas como Aniplex e Toho têm seguido estratégias semelhantes, inserindo marcas d'água quase invisíveis nos episódios antes do seu lançamento. Essas marcas ajudam a identificar vazamentos, mas também geraram controvérsia. Alguns usuários, que compartilharam imagens sem saber, acabaram sendo injustamente acusados de serem vazadores.

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E aqui está o desafio: se o sistema de IA japonês não for treinado corretamente, poderá cometer erros semelhantes e marcar sites ou usuários inocentes. Não queremos que um fã que posta memes acabe sendo acusado de liderar uma operação pirata, certo?

Estamos perto de um "mundo sem pirataria"?

Com este ambicioso projeto, o Japão busca preservar sua indústria cultural e proteger os criadores, desde os mangakas até os animadores. No entanto, a eficácia deste sistema de inteligência artificial ainda está por ser vista.

Será que o Japão conseguirá erradicar a pirataria de anime e mangá? Ou os piratas modernos encontrarão novas formas de contornar as leis, como sempre parece acontecer? Por enquanto, o que está claro é que o governo japonês está apostando forte, e se algo os animes nos ensinaram, é que grandes desafios sempre exigem soluções criativas (e um pouco de tecnologia de ponta).

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