Starlink lançou recentemente seu serviço de Internet via satélite direto para celular e isso certamente gerou muitas dúvidas a respeito. Como funciona? Posso acessar do meu smartphone? Já é possível contratar? Meu celular precisa ter alguma característica especial para se conectar ao satélite? Essa e outras perguntas têm inundado a internet com dúvidas deixadas pela nova conexão dos satélites de Elon Musk.
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Mas se você tinha dúvidas, vamos esclarecê-las uma a uma, com um passo a passo. Como usar a Internet via satélite de Elon Musk? Aqui vamos te mostrar tudo o que você precisa saber sobre este novo serviço da Starlink.
Internet via satélite: O que é o Starlink Direct to Cell?
Primeiramente, vamos te contar o que é o Starlink: uma rede de satélites que conta com uma constelação de mais de 5.000 satélites em poucos anos, fornecendo a melhor internet para mais de 2,3 milhões de clientes ao redor do mundo.
Agora, traz um serviço que permite acessar a internet diretamente do seu celular (Direct to Cell, significa diretamente para o celular em inglês). Para acessar seus serviços anteriores, é necessário possuir uma antena própria da Starlink. No entanto, para contratá-lo não será direto: eles estão fazendo parcerias com empresas de telefonia.
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Como funciona o Starlink Direct to Cell?
Adicione novos satélites à sua rede. Os satélites Starlink com capacidades Direct to Cell permitem acesso ubíquo a mensagens de texto, chamadas e navegação onde quer que esteja em terra, lagos ou águas costeiras. Direct to Cell também conectará dispositivos IoT com padrões LTE comuns.
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Os satélites Starlink com capacidade Direct to Cell têm um modem eNodeB avançado a bordo que atua como uma torre de celular no espaço, permitindo uma integração de rede semelhante à de um parceiro de roaming padrão.
Eu preciso de um smartphone especial para usar esta internet via satélite?
Não. O Direct to Cell funciona com telefones LTE existentes onde quer que você possa ver o céu. Não são necessárias alterações no hardware, firmware ou aplicativos especiais, proporcionando acesso perfeito a mensagens de texto, voz e dados. Apenas é necessário ter acesso a 4G e 5G.
Passo a passo
Então, como acessar:
- Ter um smartphone com acesso a 4G ou 5G
- Que o serviço esteja disponível em alguma empresa de telefonia em parceria com a Starlink em seu país (várias serão adicionadas em 2025, por enquanto apenas a T-Mobile está autorizada nos EUA, espera-se que em breve lancem seus planos)
- Contratar o serviço (ainda não se fala de preços, mas os outros planos residenciais da Starlink custam cerca de 100 USD, dependendo do país)
Até agora, sabe-se que a conexão será simples: uma vez contratado o serviço, seu smartphone reconhecerá a rede automaticamente e se conectará. A grande vantagem? Você dirá adeus às "zonas sem sinal" em todo o mundo.
Como posso contratar o serviço Starlink para smartphones?
A Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos autorizou no final de novembro a colaboração entre uma empresa de satélites, SpaceX, e um operador móvel, T-Mobile, para possibilitar a conectividade direta para celulares.
Nesta terça-feira, 26 de novembro, a FCC emitiu a ordem que autoriza a SpaceX a fornecer cobertura complementar do espaço dentro dos Estados Unidos e operar em certas faixas de frequência com o objetivo de realizar operações diretas para telefones celulares fora dos EUA, utilizando os satélites da Starlink.
Além disso, a agência aprovou que a empresa de satélites realize operações nas faixas de 1.910 a 1.915 MHz (terra-espaço) e 1.990 a 1.995 MHz (espaço-terra), de acordo com o acordo que tem com a rede da T-Mobile.
Ainda não é possível acessar o serviço, embora os testes já tenham sido realizados com sucesso. O primeiro acordo entre Starlink e T-Mobile data de 2022, e naquela época, ficou acordado que os serviços de mensagens de texto, internet móvel e chamadas de voz estariam disponíveis entre 2024 e 2025. Portanto, o próximo ano será crucial nesta indústria.
O que falta? Que a T-Mobile lance os planos. E para os outros? Que as agências ou autoridades competentes do seu país autorizem o seu uso. Enquanto isso, teremos que ver quais empresas (e de quais países) querem aderir a essa nova tecnologia.