O ato de ler a mente sempre foi abordado como um fenômeno de ficção científica. Filmes, séries animadas e várias produções audiovisuais têm explorado esse tema do lado da fantasia. No entanto, a realidade é que a ciência pode estar perto de alcançar esse marco e uma empresa de Elon Musk é a que mais avanços tem alcançado nesse campo.
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Embora ainda não seja possível decifrar os pensamentos com total precisão, a ciência avança a passos largos nessa área. Chips como os desenvolvidos nos laboratórios da Neuralink, empresa de Elon Musk, fazem parte dos sistemas mais avançados na área.
A empresa avança no desenvolvimento de interfaces cérebro-computador (BCI) que permitem às pessoas controlar dispositivos com a mente, o que ainda não é ler a mente, mas abre a porta para a comunicação telepática.
Como eles fazem isso? Existem diferentes métodos, mas os mais importantes são a magnetoencefalografia (MEG) e a interface cérebro-computador invasiva.
Na primeira, são medidas os campos magnéticos gerados pela atividade cerebral. Enquanto que na segunda, a do Neuralink, é necessária a implantação de eletrodos diretamente no cérebro.
Os avanços nessas tecnologias são promissores, mas ainda há muitos desafios a superar. Por exemplo, a Neuralink, com o uso de seus chips, ainda não é capaz de identificar com precisão a localização da atividade neuronal, o que limita a interpretação dos pensamentos.
O primeiro chip da Neuralink
Elon Musk anunciou na segunda-feira, 29 de janeiro de 2024, que sua empresa de ciências neurais, Neuralink, finalmente implantou um dispositivo em um ser humano pela primeira vez.
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O paciente mantém sua identidade anônima, mas pelos requisitos na convocatória publicada, podemos deduzir que se trata de alguém com paralisia nas quatro extremidades.
O dispositivo, provisoriamente chamado de Link, é um implante cerebral sem fio composto por uma pilha de chips e eletrodos que são colocados no cérebro.
O Link, em teoria, permitirá aos usuários controlar dispositivos externos com seus pensamentos, como telefones, computadores e cadeiras de rodas. Mas é uma tecnologia em estágio muito inicial.
Elon Musk desafia o futuro com a Neuralink e seu primeiro paciente humano
Musk, conforme relatado em sua breve publicação no X (algo incomum para ele em seus hábitos de comunicação na plataforma), mencionou que os resultados iniciais do implante são promissores.
E até deu-se ao luxo de dar os primeiros detalhes sobre o suposto primeiro produto da Neuralink, chamado Telepatia, que permitiria controlar dispositivos com o simples ato de pensá-lo:
Este seria um marco importante no desenvolvimento da tecnologia de interface cérebro-computador, pois representaria um passo adiante na criação de uma nova forma de comunicação e controle para pessoas com deficiências.
O anúncio por si só representaria um avanço significativo para a pesquisa desse tipo de interfaces. No entanto, ainda existem desafios a serem superados antes e as próximas semanas com esse paciente serão cruciais.
Desde que os algoritmos consigam interpretar com precisão os sinais cerebrais até o simples fato de sobreviver com uma qualidade de vida adequada.