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Miniluas consideradas como ‘cápsulas do tempo’ em órbita da Terra podem ser exploradas

Acredita-se que as miniluas preservam o estado original do sistema solar

Asteroide 2011 AG5 pasó cerca del planeta Tierra y regresará hasta 2040
NASA Asteroide 2011 AG5

A exploração espacial não para de avançar, e hoje se dirige para um novo horizonte: as miniluas, pequenos asteroides temporariamente presos pela gravidade da Terra.

Trata-se de corpos celestes que podem orbitar nosso planeta por anos antes de retomar seu curso pelo sistema solar, e representam um campo de interesse crescente para a comunidade espacial.

GEMINI OBSERVATORY/NATIONAL OPTICAL-INFRARED/AURA Europa Press (Sebastian Carrasco/Europa Press)

Descoberta das miniluas

Identificadas pela primeira vez há 18 anos pelo Catalina Sky Survey, a minilua 2006 RH120 foi a primeira a ser descoberta, seguida por outra chamada CD3 em 2020.

Estas pequenas companheiras da Terra medem entre 2 e 3 metros de comprimento, e já estão começando a chamar a atenção para uma possível investigação espacial.


A razão? Seu estudo promete oferecer novas pistas sobre a formação do sistema solar e os corpos celestes que o compõem.

O que sabemos sobre as miniluas

Para começar, até agora acredita-se que sua origem remonta ao cinturão principal de asteroides, localizado entre Marte e Júpiter.

Além disso, as miniluas são consideradas cápsulas do tempo, pois preservam o estado original do sistema solar. Por isso, seu estudo poderia revelar dados sobre a formação de asteroides e a dinâmica do sistema Terra-Lua.

E, quase duas décadas após sua descoberta, finalmente poderiam ser exploradas. Missões como as sondas japonesas Hayabusa ao asteroide Ryugu e a sonda OSIRIS-REx da NASA ao asteroide Bennu nos mostraram a viabilidade de coletar amostras de asteroides e trazê-las para a Terra para análise.

Por enquanto, falta ajustar alguns detalhes, principalmente porque o desafio está na detecção dessas mini-luas, que, devido ao seu pequeno tamanho e rápida órbita, tornam sua localização complicada.

No entanto, a comunidade científica está determinada a continuar a busca por essas luas temporárias. Este será o próximo capítulo na exploração espacial?

Bennu NASA/ERIKA BLUMENFELD & JOSEPH AEBERSOLD (Sebastian Carrasco)

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